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Nos anos 2010, A INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL (IA) começou a revelar seu poder notável. Poucos campos estarão imunes da revolução da MACHINE LEARNING (máquinas que aprendem), desde a ciência dos materiais até exploração de drogas; da física quântica à medicina. Não se pode mais duvidar: muitas tarefas e trabalhos hoje realizados por humanos podem ser feitos por máquinas com menos custo e com mais eficiência. A transição vai acontecer mais cedo do que esperávamos. O uso da IA ​​também revelou que os ALGORITMOS HERDARAM PRECONCEITOS HUMANOS. Há mais riscos do que se imaginava, pois foi afastada a ideia de que tais processos automatizados são objetivos.

A REVOLUÇÃO DA INFORMAÇÃO foi sentida. Nas ciências da vida, transformou o ESTUDO DO MICROBIOMA e do material genético de todos os MICROORGANISMOS (https://www.nature.com/collections/bhciihjhei). Isso afetou tudo, desde a importância dos micróbios na decomposição da matéria orgânica até a compreensão do seu papel nas doenças.

Alguns pesquisadores estão empregando Big Data e o atual poder computacional para explorar CONTRIBUIÇÕES GENÉTICAS EM QUESTÕES DE ALTA COMPLEXIDADE, como o comportamento humano e o desempenho educacional (ver Nature 574, 618-620; 2019). Essas conexões ainda são mal compreendidas. Mas empresas que realizam testes genéticos estão se expandindo para essa área, que consideram ser um mercado potencialmente lucrativo: PREVER A INTELIGÊNCIA. Isso está acontecendo mesmo sem qualquer consenso entre pesquisadores sobre a confiabilidade e valor desses testes, e mesmo sem regulamentação adequada.

Os anos 2010 também viram a técnica CRISPR – Cas96,7 ser aplicada na EDIÇÃO GENÉTICA. Durante anos, o consenso foi que nenhum cientista editaria um gene na linha germinativa - esperma humano, óvulos ou embriões - dados os perigos possíveis para a criança e as questões éticas não resolvidas sobre hereditariedade. Essa situação mudou. O cientista He Jiankui anunciou em novembro de 2018 que havia usado o CRISPR para editar um gene em duas meninas nascidas como resultado de fertilização in vitro, provocando condenações em todo o mundo (ver Nature 563, 607-608; 2018).

Da mesma forma, quando a década começou, a COMPUTAÇÃO QUÂNTICA parecia uma boa ideia no papel. Hoje não: até especialistas ficaram surpresos com a rapidez com que os primeiros dispositivos evoluíram. A IBM disponibilizou seu computador de cinco bits quânticos na nuvem em 2016; a década termina com máquinas da IBM, Google e outras que possuem matrizes de bits quânticos maiores.

O desenvolvimento da CHINA no campo das TECNOLOGIAS DA INFORMAÇÃO QUÂNTICA é apenas uma indicação do seu notável vigor como superpotência em pesquisa. Cientistas chineses usaram métodos quânticos para transmitir dados a longa distância e iniciar o uso do TELETRANSPORTE QUÂNTICO para enviar INFORMAÇÕES para todo o mundo de forma segura e por satélite e também ao instalar uma rede de FIBRA ÓTICA ENTRE CIDADES: eis OS PRIMEIROS ESTÁGIOS DA INTERNET QUÂNTICA. O governo da China também se empenha em moldar o cenário global da pesquisa em sua INICIATIVA DO BELT AND ROAD INITIATIVE, conhecido como Plano Marshall para a ásia. É um programa de investimentos para construir infraestrutura como estradas, linhas ferroviárias, portos e até cidades inteiras na Ásia e noutros países do mundo (ver Nature 569, 5; 2019) .

A ECONOMIA DA ENERGIA vai mudar para reduzir a emissão de CO2. Muitos países já estão investindo em NOVAS TECNOLOGIAS ENERGÉTICAS. O próximo destaque será a ativação do reator internacional ITER no sul da França em 2025. O ITER é um dos projetos de energia mais ambiciosos do mundo. No sul da França, 35 países estão colaborando para construir o maior dispositivo de fusão magnética do mundo, projetado para provar a viabilidade da fusão como uma fonte de energia em larga escala e sem carbono, com base no mesmo princípio que alimenta o Sol e as estrelas.  

Nota: versão resumida e adaptada da publicação feita pela NATURE, em 18 Dez/2019. Disponível em: https://www.nature.com/articles/d41586-019-03857-x 


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