Só 32 Deputados Federais sobreviveriam

Um estudo do DIAP revela que apenas 32 deputados federais (6,23%) poderiam sobreviver politicamente sem estar filiado a partido político. Todos os demais 481 (93,7%) não alcançam quociente eleitoral por forças próprias, isto é, dependem de partidos e coligações para chegar no número mínimo de votos.

Quem alcançou
Na Bahia
, apenas seis deputados alcançaram o quociente eleitoral de 168.484 votos:
ACM Neto (PFL), 436.966 votos;
Fábio Souto (PFL), 297.061;
Geddel Vieira Lima (PMDB), 287.393;
Walter Pinheiro (PT), 200.894;
Lídice da Mata (PSB), 188.927;
Nelson Pellegrino (PT), 171.129.

No Ceará, cujo coeficiente foi 187.469 eleitores, dois deputados superaram a regra:
Ciro Gomes (PSB), 667.830, e Eunício Oliveira (PMDB), 240.588.
Em Goiás, apenas Dona Íris Resende (PMDB), atingiu e ultrapassou o quociente de 166.795 sufrágios. Ela obteve 201.229 votos.
Em Minas Gerais, Rodrigo de Castro (PSDB) alcançou o quociente com 294.199 votos. O número de votos que determinou o quociente eleitoral foi de 184.748 sufrágios.
No Pará, os peemedebistas Jader Barbalho e Wladimir Costa, campeões das urnas no estado, com 311.526 e 216.972, respectivamente, ultrapassaram o quociente de 183.439 eleitores.
Na Paraíba, o quociente foi de 161.396 votos. Vitalzinho (PMDB), que saiu das urnas com 168.301 e Wilson Santiago (PMDB), que obteve 163.661, foram os eleitos que atingiram a regra.

No Paraná, o quociente de 178.299 eleitores só foi alcançado pelo atual deputado Gustavo Fruet (PSDB), que obteve 210.674 votos, e o novato Ratinho Júnior (PFL), que recebeu 205.286 votos.

Em Pernambuco, cujo quociente foi de 167.571 votos, três candidatos atingiram o número necessário para eleição:
Armando Monteiro Neto (PTB), 205.212 votos;
Inocêncio Oliveira (PL), 181.126; e
Ana Arraes (PSB), 178.467.

O quociente no Rio de Janeiro, 172.219 votos, só foi alcançado pelos candidatos
Fernando Gabeira (PV), 293.057;
Pudim (PMDB), 272.457;
Rodrigo Maia (PFL), 235.111;
Andréia Zito (PSDB), 190.413; e
Leonardo Picciani (PMDB), 173.211.

No Rio Grande do Sul, cujo quociente estabelecido foi de 192.326 eleitores, só foi alcançado por Manuela D’ávila (PCdoB), 271.939 votos;
Luís Carlos Heinze (PP), 205.734; e
José Otávio Germano (PP), 195.822 sufrágios.

Em São Paulo, maior colégio eleitoral, com 28.037.734 de eleitores, cujo quociente eleitoral foi 296.519 votos, apenas cinco candidatos atingiram o número e até ultrapassaram:
Paulo Maluf (PP), 739.727;
Celso Russomanno (PP), 573.524;
Clodovil Hernandes (PTC), 493.951;
Enéas Carneiro (Prona), 386.905;
e Emanuel (PSDB), 328.486 votos.

Quem não alcançou Os estados cujos candidatos não alcançaram o quociente eleitoral são: Acre, o quociente foi 39.913.
Alagoas, foram 154.317 votos;
Amapá, 35.697;
Amazonas, 174.093;
Distrito Federal, 164.624;
Espírito Santo, 174.052;
Maranhão, 159.797;
Mato Grosso, 179.412;
Mato Grosso do Sul, 149.839;
Piauí, 161.509;
Rio Grande do Norte, 202.986;
Rondônia, 91.031;
Roraima, 23.866;
Santa Catarina, 201.235;
Sergipe, 125.992; e
Tocantins, 86.246.

Comentários

Anônimo disse…
Uma observação interessante a respeito desses dados é que normalmente é nos estados menos populosos (e, portanto, com menos vagas na Câmara) que nenhum candidato a deputado consegue alcançar o quociente eleitoral apenas com seus próprios votos. Ou seja, embora, em termos absolutos, seja necessário um número maior de votos para eleger um deputado em um estado muito populoso, olhada de outro ângulo, a eleição no estado menos populoso é mais difícil, já que aí o percentual de votos exigido é muito maior (aliás, nesses estados, o
quociente eleitoral corresponde a um percentual tão alto de votos que
é difícil de alcançar não apenas por um candidato sozinho como até
pelos partidos).

Um abraço, Márcio Rabat

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