Biografia - Luis Inácio Lula da Silva - aos 60 anos (IV)


A ECONOMIA em 2005
A economia brasileira cresceu 2,3% em 2005. Os investimentos registraram alta de apenas 1,6%, contra 10,9% de 2004. O crescimento menor foi ditado pela desaceleração dos investimentos da indústria de transformação e da agropecuária. O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci), mensurado pela CNI, atingiu, em média, 81,7% em 2005, ante 82,6% no ano anterior. A participação dos investimentos no PIB passou de 19,6%, em 2004, para 19,9%, em 2005. O PIB industrial cresceu 3,15%, mas em 2004 a alta havia sido de 6,2%. O setor agropecuário teve alta de 0,8%, a menor taxa desde 1997, em razão da quebra de safra e da febre aftosa. Já o setor de serviços cresceu 2% no ano passado. O PIB per capita cresceu 0,8%. O ano de 2005 foi de demanda interna, embora menor do que em 2004, puxado pelo consumo das famílias; este foi o segundo ano seguido de crescimento do consumo das famílias. Segundo o IBGE, ele foi favorecido pelo aumento de 5,3% da massa salarial em termos reais e pelo crescimento de 36,7% em termos nominais do saldo de operações de crédito. A taxa média de desemprego situou-se em 9,8% em 2005, ante 11,5% em 2004, segundo dados da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), calculada pelo IBGE em seis regiões metropolitanas (São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Porto Alegre, Salvador e Recife). O número de ocupados aumentou, em média, 3% em 2005, registrando-se a criação de 474 mil vagas, comparativamente a 646 mil em 2004. O mercado de trabalho na indústria apresentou desempenho expressivo em 2005, com o pessoal empregado crescendo 4,3%, a massa salarial real, 8,1%, e as horas trabalhadas na produção, 4,6%. De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), de abrangência nacional, registrou-se a criação de 1.254 mil vagas com carteira de trabalho assinada, em 2005. Desse total, 569,7 mil vagas foram proporcionadas pelo setor de serviços, seguindo-se o comércio, 389,8 mil; a indústria de transformação, 177,5 mil; e a construção civil, 85,1 mil. A variação anual do IPCA, medido pelo IBGE, balizador do regime de metas para a inflação, atingiu 5,69%, situando-se no intervalo estabelecido pelo CMN para a inflação em 2005. O Banco Central elevou a taxa básica de juros de 18,25% em jan para 19,75% em ago, quando voltou a baixar, terminando o ano em 18%. Houve também uma crise de confiança de consumidores e empresários em razão do cenário político. O consumo do governo cresceu 1,6%. As exportações de bens e serviço cresceram 11,6% e as importações, 9,5%. Em 2005, a população residente no país cresceu 1,4% e somou 184,2 milhões de habitantes.
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QUALIDADE DE VIDA em 2005
Na faixa etária de 7 a 14 anos, correspondente ao ensino fundamental, a freqüência escolar estava praticamente universalizada em 2005 (97,1%) em toda parte do país - embora, com base nos dados do Inep, seja possível afirmar que apenas 53,5% dos alunos concluíam a última série do ensino fundamental num tempo médio de dez anos. Em 2005, para os jovens de 18 a 24 anos, a freqüência à escola era ainda reduzida, um privilégio para 31,6% das pessoas nessa faixa etária. Trabalho infantil. Em 2005, no Brasil, havia 5,4 milhões de pessoas de 5 a 17 anos trabalhando, sendo que 53,9% delas tinham idade inferior a 16 anos. A proporção de domicílios brasileiros em áreas urbanas subiu de 80,7%, em 1995, para 84,5% em 2005. A percentagem de domicílios urbanos com 1/2 salário mínimo de rendimento médio mensal per capita caiu de 21,1% para de 20,7%, de 1995 a 2005. Porém, em 2004, o resultado havia sido de 19,4%. No Nordeste, em 1995, 41,7% dos domicílios urbanos estavam nessa faixa de rendimento e, em 2005, a proporção caiu para 39,7%. De 1995 a 2005, o rendimento médio da população ocupada sofreu uma queda de 12,7%. Mas o rendimento médio de 2005, em relação a 2004, cresceu 4,6%. Além disso, houve aumentos para as categorias que recebiam os menores rendimentos e com as mais baixas taxas de formalização: os empregados sem carteira e os trabalhadores domésticos. O rendimento médio dos empregados sem carteira teve um aumento de 5,1%, passando de R$ 466,40 em 1995, para R$ 490,20 em 2005. Cai a diferença de rendimento entre os 10% mais ricos e os 40% mais pobres. Em 1995, entre os ocupados, o rendimento dos 10% mais ricos era 21,2 vezes maior que o rendimento dos 40% mais pobres. Já em 2005, essa relação passou para 15,8. A taxa de mortalidade infantil caiu quase 32% entre 1995 e 2005 (de 37,9‰ para 25,8‰). Entre 1995 e 2005, a esperança de vida ao nascer cresceu 3,4 anos, chegando aos 71,9 anos de idade.

AVALIAÇÃO DOS TRÊS ANOS DE GOVERNO - 2003 a 2005.
De acordo com as pesquisas do Instituto DataFolha, em dezembro de 2005, 28% dos entrevistados consideravam o governo Lula BOM ou OTIMO, (contra 45% do final do ano anterior); 41% consideravam REGULAR, (contra 40% do ano anterior) e 29% consideravam RUIM ou PÉSSIMO (contra 13% do ano anterior). O Datafolha ouviu 3.636 brasileiros, a partir de 16 anos de idade, nos dias 13 e 14 de dezembro de 2005, em 154 municípios de todas as unidades da Federação.

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